Fazer música não é apenas reunir diferentes instrumentos para compor uma harmonia. É preciso ir além, pois a música é uma linguagem que permite a comunicação entre o corpo e a alma. Por isso, é cabível fazer seu uso para curar.
A mensagem ter que ser direta, ou seja, tem que chegar limpa e sem distorções. Para conseguir esse resultado sintetizar é necessário. Usar palavras, poucas porém claras, acordes simples e uma harmonia curta permite isso.
Com apenas algumas notas, já é possível identificar qual é a música e qual é o músico ou conjunto que está tocando. O Dr. Evaristo de posse desse conhecimento, há muito empenha-se em compor um set de instrumentos que lhe permite criar uma identidade única.
Um cantor ou uma banda não pode existir apenas com seus músicos. Há um conjunto de profissionais atuando em paralelo. E eles, na maioria das vezes, desempenham seu trabalho sem nem mesmo imaginar qual será o fruto do seu esforço.
O Dr. Evaristo nasce de um sonho Jacuiense+ de curar a humanidade por meio de música. Humanidade esta, que a cada dia se adoece mais. Raiva, intolerância, angústia, culpa, depressão entre outras tantas são as doenças que a tem comprometido. Próximo ao fim de 2003, três amigos em uma conversa filosófica, chegam à conclusão que dá para utilizar música como meio de cura. Tal conclusão foi possível pela discussão da capacidade da música de comunicar com o subconsciente e estimular a produção de hormônios essenciais ao bem-estar do ser humano.
Marquinho, Ricardinho e Rúbinho, três adolescentes, cada qual com sua história. Marquinho, o violeiro de raiz apaixonado por rock. Ricardinho, a encarnação de Jim Morrison. Rúbinho, que só aprendeu a tocar alguns acordes para aumentar as chances de sair com algumas meninas. Difícil seria se não se juntassem para tocar rock, pois havia um ponto convergência forte entre eles. Marquinho e Rúbinho estudavam juntos ao mesmo tempo em que Marquinho e Ricardinho trabalhavam juntos.
Com um repertório pequeno, porém cheio de musicalidade, eles se divertiam muito nos ensaios movidos a conhaque e vinho barato. Entre outras músicas, estavam: Hey Joe - Jimmy Hendrix, Pescador de Ilusões - O Rappa, Smell like teen spirit - Nirvana e Eu que não amo você - Engenheiros do Hawaii. Poucas foram as apresentações dos meninos, apenas duas, ambas para amigos e no mesmo lugar, no “Nórfo”, apelido carinhoso do sítio pertencente ao pai do Ricardinho.
O tempo passou e os três amigos se separaram, em 2005 Rúbinho deixou a cidade para estudar. Marquinho algum tempo depois foi trabalhar no serviço público da cidade, distanciando-se Ricardinho.
Em 2016, após onze anos, Rúbinho ainda alimenta o sonho. Vivenciando a forte crise política pela qual o Brasil passava, ele inicia suas composições tendo a situação política como tema central. Ambas as músicas com letras minimalistas mas com significados profundos, feitas com intenção de tornar lúcido para a sociedade Brasileira de que a situação do país não é gerada pelos governantes, mas sim pelas escolhas da população. O fez, acreditando que se as pessoas desenvolverem uma consciência política e a utilizarem no momento da escolha de novos líderes, além de alavancar o desenvolvimento de um país maravilhoso que é o Brasil, também acabará com a sensação de impotência e fragilidade, com a imoralidade e indignação, o que aumentará a autoconfiança da população.
Em outubro de 2017, Rúbinho agora batizado carinhosamente de Osrod, mostra seu trabalho para Marquinhos Fróco, proprietário do Outside Stúdio. O que até então era sonho, começa a se transformar em realidade, pois Fróco concorda em gravar as músicas e compor bateria para elas.
Após meses de composição de arranjos para guitarra, violão e baixo, na segunda quinzena de fevereiro de 2018, Osrod entra no estúdio pela primeira vez para gravar as versões guia de suas composições, as quais seriam utilizadas para gravação da versão final das músicas.
Eis a realidade: cantar não é tão simples! Osrod durante a gravação das guias deparou-se com ela. Por indicação de Fróco, procurou a professora de canto Adriana Gennari e lançou-lhe o desafio: em apenas um mês e meio, torná-lo apto a gravar suas músicas. Desafio este que foi aceito com carinho e profissionalismo.
Enquanto Osrod estudava canto, três músicos brilhantes trabalhavam empenhadamente para dar vida ao sonho. Os seus nomes: Emerson Silveira, baixo; Gilmar Faustino, guitarra; e Marquinhos Fróco bateria. Com músicos tão talentosos como são, não era de se espantar que os arranjos simples de Osrod se tornassem verdadeiras músicas com capacidade de marcar época.
O resultado desse trabalho foi a compilação das canções que vieram compor o disco intitulado Copa do Mundo na terra do Saci, com lançamento previsto para Agosto de 2018.